Aurélio Lopes

Professor convidado do Ensino Superior, Licenciado em Antropologia Social, Mestre em Sociologia da Educação e Doutorado em Antropologia Cultural pelo ISCSP da Universidade Técnica de Lisboa.

Investigador universitário na área da cultura tradicional, autor de cerca de três dezenas de livros publicados (e outros mais em coletâneas respeitantes a congressos, seminários, colóquios ou revistas cientificas), vem desenvolvendo um percurso investigativo especialmente no que respeita à Antropologia do Simbólico e à problemática do Sagrado e suas representações cultuais.

Tem-se debruçado especialmente sobre práticas tradicionais comunitárias e culturais, nomeadamente no que concerne à religiosidade popular e suas relações sincréticas com raízes ancestrais e influências mutacionais modernas. 

Investigador do IELT: Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa e do CIJVS: Centro de Estudos Joaquim Veríssimo Serrão (da qual é membro do Conselho Redatorial das Revistas Mátria e Mátria Digital), é coordenador das Coleções “Antropologia” e “Raízes” da Editora Cosmos e Coordenador do Forúm Ribatejo.

 


 


Comunicação

O absoluto como desígnio existencial

Soteriologias e vivências em projetos de missão



Resumo

Condicionando, de uma forma ou de outra, as disposições do crente, as religiões cumprem, desde sempre, necessidades vivenciais diversas

Explicam o mundo e tornam-no inteligível.

Dão sentido ao sofrimento. Criam referenciais protetores.

Estabelecem regras comportamentais.

E, principalmente, fornecem um desígnio de vida.

Desígnio que tende para o absoluto.

Absoluto que tende para o inevitável e o inquestionável.

Que tende a avaliar uma existência terrena, quantas vezes difícil e dolorosa, face a uma recompensa no outro mundo; eterna e bem-aventurada.

Condicionamento, inequívoco, susceptível de levar o mesmo a relativizar as condições materiais da existência e as subordiná-las à ambicionada recompensa divina que, acredita, o espera.

As consequências desta perspetiva, vivida em contextos socioculturais e políticos diferenciados enformam, de uma forma ou doutra, a visão do mundo do crente.

E afetam, naturalmente, as suas opções de consciência.

E até a consciência, maior ou menor, que tem dessas opções.

 

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